Com o passar dos anos eu e Angeline tínhamos aperfeiçoado o hábito de simplesmente nos ignorarmos mutuamente, ao invés de brigar, fingir que estava tudo bem enquanto bebíamos mais uma ou duas taças de vinho.
As semanas que se arrastavam estavam tortuosas, tardias e impiedosas. O sol nascia turvo meio aos dias cinzas, porém sempre que punha os pés na rua me lembravam os castanhos de seus olhos, mesmo não tendo-os mais próximos aos meus.
No começo eu imaginei que daria certo, éramos felizes e sua frieza fez com que o nossa união desse certo, às vezes almoçávamos, e nas visitas familiares de domingo fingíamos ser o casal perfeito e nossos amigos sempre nos pediam conselhos para ser um casal perfeito, doce ilusão.
Preciso de um cigarro, qualquer hora eu volto para terminar essa história, até porquê meu telefone tocou e preciso voltar ao escritório...
N/A: Cotidiano difícil, dois ou três capítulos, obrigado pelo carinho de todos.
3 comentários:
Meu irmão paulista... me enche de orgulho!!!! KD O LIVRO???????? Tá na hora, rapaz!!!! Abração!
Vai sair um ótima coletânea. Com certeza!
gostei e sempre acompanho...
ainda é cedo p/ fala quem sou...
mesmo vc sabendo quem é, eu acho...
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